Mais um caso difícil para o juiz.
Depois da repercussão do “Pênis de duas cabeças”, aparecem duas irmãs siamesas que
compartilhavam o mesmo corpo e o mesmo namorado. Com vinte e cinco anos, já
estavam acostumadas à vida, afinal, era a única forma de viver que conheciam.
Há quase um ano com Josiel, Larissa
queria sexo anal, e ele estava animado com a ideia. Mas Letícia se recusava. Por algum motivo,
Letícia só sentia dor enquanto Larissa sentia o prazer. Difícil para a medicina
explicar esse fenômeno. Aos dezesseis, quando começaram a ativar sua vida
sexual, tentaram com os ficantes da época. Sim, elas tinham dois ficantes. Eram
duas, afinal. Numa tentativa de agrado mútuo, quiseram experimentar dar o cu,
mas Letícia não gostou. Tentaram com os dois meninos, mas nenhum agradava a
menina da direita. Criou-se, ali, mais que uma experiência, mas um trauma.
Em miúdos trocados, resolveram
que não iam mais namorar mais de um. Afinal, era apenas um buceta para dar
conta. Depois de vários relacionamentos frustrados, afinal a maioria dos homens
e mulheres com quem se relacionavam estavam mais em busca de realização de fetiches
ao invés de um compromisso sério, conheceram Josiel num aplicativo de
relacionamentos. Para evitar a fetichização do corpo delas, resolveram colocar
apenas fotos de rosto. Quando Joesiel descobriu, depois de algumas muitas semanas
de conversa, já estava apaixonado pelas duas, não tinha como voltar atrás. A
idealização que tinha do objeto do seu amor era maior que qualquer corpo,
superior a qualquer sobra ou falta de algo.
As duas amavam Josiel e Josiel as
amava como uma só. Não tinha tabus entre eles além do sexo anal proibido por
Letícia. Não adiantaram as promessas, os argumentos de tentativas. Nada fazia
com que Letícia liberasse o ânus compartilhado para penetração. Josiel, é
claro, queria... e muito deste querer era fomentado por Larissa, doida para ser
comida por trás novamente, agora, pelo cara que ela gosta. Estava cheia de
expectativas.
– Juiz, o cu também é meu... eu
tenho o direito de dar pro meu namorado se eu quiser, não? – perguntou
afirmativamente a Letícia.
– Não, seu juiz. Ela não sente a
dor que eu sinto. A gente já fez exame, mas nada explica. Ela não tem carinho
pelo cu dela porque o cu dela é meu!
– Calma, Larissa! – pediu simiexaltada
a irmã. – Esse cu não tem dona!
Rodrigo Slama 12/02/22
*Imagem do Google
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