Augusto – que tinha esse nome porque sua mãe adorava o poeta paraibano Augusto dos Anjos – gostava muito de brincar no rio, no campo... enfim, gostava muito de brincar.
Ele tinha um amigo chamado Pasqual, com quem mais brincava e se divertia.
A moda da época era brincar de astronauta, pois o homem havia acabado de pisar na lua, mas Augusto não gostava muito de brincadeiras futuristas, porém Pasqual o incentivou a construir um foguete consigo, e Augusto, com oito ou nove anos, aceitou.
Os meninos trabalhavam dia-a-dia, corriam contra o tempo para que o foguete ficasse pronto até o natal. E eles conseguiram esse feito.
Passavam o dia inteiro a imaginar que aquele foguete os levava à lua, às estrelas... foi assim por todo período de férias.
Pouco duradoura a alegria acabou, Augusto conheceu a tristeza quando Pasqual mudou de cidade com os pais. Passou dias cabisbaixo, quase sem querer comer. Não era para menos, seu companheiro de viagens o abandonara. O menino então começou a se dedicar aos estudos, formou-se aos vinte e três anos em Direito, casou-se, teve dois filhos, era feliz.
Mal lembrava de sua infância, Pasqual em sua mente era uma vaga lembrança, Augusto nem sabia mais ao certo o nome do antigo amigo. Num dia rotineiro e de nublado, um homem bateu em sua porta, era um vendedor de coisas, o homem vendia de tudo, cadeira, sofá, Bíblias... e Augusto comprou uma vara de pescar.
O doutor Augusto, como era chamado por seus clientes e amigos, nem mais lembrava o que era pescaria, e depois de uns minutos se arrependeu de ter gasto vinte e dois reais e setenta e cinco centavos naquele inútil caniço.
Alguns dias depois, Augusto brigou com sua esposa e foi para o quintal, era uma noite de lua cheia, ele pegou a porcaria da vara e lançou, como alguém que quer pegar um pássaro, o anzol em direção ao céu.
Por mais incrível que possa parecer, o anzol foi alto, muito alto, mais alto de que o prédio vizinho, e, após uns minutos, ele se afixou a algo firme. Augusto começou, então, a enrolar o molinete de volta, por uns instantes fingiu não acreditar, mas ele tinha pescado a Lua.
Cada vez mais o satélite se aproximava dele, ele espantado chorava descontroladamente, sem saber por que estava chorando, foi quando, enquanto Augusto permanecia boquiaberto com o fato que acontecia diante dos seus olhos, ele engoliu a Lua.
Foi um pouco incomodo, a Lua quase o entalou. Augusto, que era mais magro que o louco de a Mancha, ficou imenso, dizem uns que ele não poderia ter a mesma aventura de Jonas. Sua mulher não entendeu muito bem o que Augusto dizia, pois sua voz havia mudado, tinha ficado mais grave, era quase um baixo extremo. Quando Ana, esposa do pescador mais gordo do planeta, tornou a si depois de uma série de desmaios pediu-lhe o divórcio. Augusto hoje está imenso, mesmo após a complicada cirurgia que lhe arrancou a Lua do bucho. Ele se acostumou com o tamanho que adquiriu, e para preencher o vazio que a Lua o deixou ele teve que engolir um cometa que passava perto da Terra, mas devido a isso Augusto sofre muito com a azia. Isso só prova que Augusto é forte, queimação de cometa não é para qualquer um.
Ele tinha um amigo chamado Pasqual, com quem mais brincava e se divertia.
A moda da época era brincar de astronauta, pois o homem havia acabado de pisar na lua, mas Augusto não gostava muito de brincadeiras futuristas, porém Pasqual o incentivou a construir um foguete consigo, e Augusto, com oito ou nove anos, aceitou.
Os meninos trabalhavam dia-a-dia, corriam contra o tempo para que o foguete ficasse pronto até o natal. E eles conseguiram esse feito.
Passavam o dia inteiro a imaginar que aquele foguete os levava à lua, às estrelas... foi assim por todo período de férias.
Pouco duradoura a alegria acabou, Augusto conheceu a tristeza quando Pasqual mudou de cidade com os pais. Passou dias cabisbaixo, quase sem querer comer. Não era para menos, seu companheiro de viagens o abandonara. O menino então começou a se dedicar aos estudos, formou-se aos vinte e três anos em Direito, casou-se, teve dois filhos, era feliz.
Mal lembrava de sua infância, Pasqual em sua mente era uma vaga lembrança, Augusto nem sabia mais ao certo o nome do antigo amigo. Num dia rotineiro e de nublado, um homem bateu em sua porta, era um vendedor de coisas, o homem vendia de tudo, cadeira, sofá, Bíblias... e Augusto comprou uma vara de pescar.
O doutor Augusto, como era chamado por seus clientes e amigos, nem mais lembrava o que era pescaria, e depois de uns minutos se arrependeu de ter gasto vinte e dois reais e setenta e cinco centavos naquele inútil caniço.
Alguns dias depois, Augusto brigou com sua esposa e foi para o quintal, era uma noite de lua cheia, ele pegou a porcaria da vara e lançou, como alguém que quer pegar um pássaro, o anzol em direção ao céu.
Por mais incrível que possa parecer, o anzol foi alto, muito alto, mais alto de que o prédio vizinho, e, após uns minutos, ele se afixou a algo firme. Augusto começou, então, a enrolar o molinete de volta, por uns instantes fingiu não acreditar, mas ele tinha pescado a Lua.
Cada vez mais o satélite se aproximava dele, ele espantado chorava descontroladamente, sem saber por que estava chorando, foi quando, enquanto Augusto permanecia boquiaberto com o fato que acontecia diante dos seus olhos, ele engoliu a Lua.
Foi um pouco incomodo, a Lua quase o entalou. Augusto, que era mais magro que o louco de a Mancha, ficou imenso, dizem uns que ele não poderia ter a mesma aventura de Jonas. Sua mulher não entendeu muito bem o que Augusto dizia, pois sua voz havia mudado, tinha ficado mais grave, era quase um baixo extremo. Quando Ana, esposa do pescador mais gordo do planeta, tornou a si depois de uma série de desmaios pediu-lhe o divórcio. Augusto hoje está imenso, mesmo após a complicada cirurgia que lhe arrancou a Lua do bucho. Ele se acostumou com o tamanho que adquiriu, e para preencher o vazio que a Lua o deixou ele teve que engolir um cometa que passava perto da Terra, mas devido a isso Augusto sofre muito com a azia. Isso só prova que Augusto é forte, queimação de cometa não é para qualquer um.
*Imagem do Google