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O cidadão de bem

– Essa cidade tá muito perigosa! – O país todo tá. Pega. – Mas tá foda, pô. Esses dias meu pai foi assaltado, levaram o carro dele. – Foi mesmo? Como ele tá? – Tá puto... não tinha seguro e encontraram o carro batido. Pega. – Peraí... Mas ele sofreu alguma violência física? – Não, pô... mas é foda. – É... – Se o cidadão de bem andasse armado... isso não acontecia. Pega. – Que conversa... Toma. – Se meu pai tivesse armado, não teriam roubado ele. – Como que foi o roubo? – Ele tava entrando no carro e renderam ele. – Por trás? – Foi, pô... foda. Oh, pegaí. – Mas se ele tivesse com arma na cintura do que iria adiantar? – Se o bandido soubesse que todo mundo podia tá armado não iria assaltar. Passa aí. – Ou então já ia chegar atirando. – Tu acha?... Toma. – Tô de boa. Claro! – Depois que inventaram esse negócio de Direitos Humanos só a gente que se ferra... bandido tá tudo solto. Apagou. – Toma o isqueiro. Né assim não! Direitos Humanos não defendem bandido não....

Um pênis de duas cabeças

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Google imagens - Toda noite eu acordo com sua mão no meu pênis. Aquilo já estava virando um pesadelo. Eu não aguentava mais ver o meu próprio corpo ser violado daquela maneira. Não queria ser tocado daquele jeito, não queria ser estimulado por ele, seu juiz... - Toda noite é a mesma agonia. Eu demoro a dormir... tento dormir depois dele, mas ele sempre dá um jeito de acordar e me masturbar enquanto eu durmo. Ele diz que o meu pênis é dele, que ele tinha direito sobre o meu corpo. Mas isso é um absurdo! Eu não aguento mais aquilo e, por isso, procurei a justiça... O outro ouvia tudo aquilo calado. - E parece que tudo piorou. Durante o banho, com a desculpa de limpar, ele aproveita e me toca daquele jeito imundo. Eu reclamo, ele para, mas volta. E ainda vê pornografia na minha frente... eu nunca gostei disso, seu juiz, mas ele sempre foi tarado! No julgamento, o juiz analisa o caso dos irmãos siameses que dividem o mesmo pênis. 

O rolezeiro

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Google imagens – Bora, cara! A gente vai se atrasar. – Calma. Tô terminando aqui. – Que merda, velho. Parece uma mulher se arrumando... puta-que-pariu! – Parceiro, eu tô terminando aqui. Na festa, todas mulheres olham pra ele. Estava de bermuda branca, camiseta de marca comprada no camelô do Alecrim, elásticos coloridos num aparelho que não precisava usar, óculos espelhados - apesar de ser noite - e um corte de cabelo bem peculiar. – Tá vendo, parceiro? Todas as mulheres estão me olhando... – Percebi. – Quer fazer uma aposta? – Que aposta? – Quem pegar mais mulher aqui na festa come o cu do outro? – Como é? Olha as ideias! – Bora? Sabe que vai perder, né? – É impossível você pegar mais mulher que eu aqui. – Então bora apostar o cus! – Tá apostado, então. Duas horas depois, a Festa dos anos 80’ terminou. O rolezeiro não pegou uma mulher sequer. O amigo, que não estava interessado em perder a aposta, mas, ao mesmo tempo, não tinha pretensões de ficar com mui...

Beatriz e Tiago

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Aos quatorze anos, ele não era um adolescente normal como todo adolescente deve ser. De manhã, ia para a escola. Não sentava nem na frente e nem no fundo, não ficava quieto, mas não era do grupo da conversa. À tarde, ele ia pro inglês e aprendia novamente o que via nos jogos. Além do inglês, fazia judô. Nunca passou da segunda faixa, mas não achava tão ruim usar o quimono. À noite, revezava seu tempo entre jogos on-line e o pornhub, mas estudava quando estava perto das provas, sobretudo para as provas de recuperação. Nunca namorou, mas era seu sonho. Todas as noites, antes de dormir, pensava na menina mais bonita da sala, que era disputada pelos caras mais populares das festas que ele ia e nas festas às quais ele não era convidado. Nos seus devaneios, eles eram um casal. Namoravam há tempos, comemoravam datas importantes, trocavam presentes... Na vida real, eles mal se falavam. Pertenciam a grupos tão distintos que não tinha nem como conversar. Beatriz era inteligente, li...

Rastro de feijão descomido

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Fazia três dias que eu não cagava. Eu nunca tinha ficado entupido antes. Na verdade, o meu problema sempre foi o contrário... eu, geralmente, cago demais. O problema é que minha mãe fez uma farofa muito boa no natal e sobrou quase tudo. Como adoro farofa e ninguém aguentava mais comer resto da ceia, me esbaldei naquele balde de farofa temperada. Comi tanto que a merda ficou presa no meu intestino e não saiu nem com reza braba. Meio envergonhado, pedi ajuda à minha mãe. Me deu laxante. Um quarto do recomendado. Pense num laxante porreta! Estava no curso. Tinha tomando o remédio na hora do almoço, antes de sair. Durante as primeiras aulas, não senti uma pontada sequer no bucho. Achei que não iria fazer efeito e teria de tomar de novo. No intervalo, aproveitei a caminhada até a cantina para peidar um pouco... já estava começando a me sentir aliviado, mas vontade de cagar que é bom nada. Bom... que eu cagaria só em casa, no conforto do meu sanitário. Fim da aula. Fui sem m...

Pastor 03

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– Pastor! – Você novamente, irmão? O que foi desta vez? – É que eu estive pesando... – É justamente este o seu problema, meu amado! Você pensa demais... deixa as postas de sua mente aberta para o inimigo lhe colocar dúvidas sobre a sua fé! Amém? – Amém. Mas, pastor, eu oro, faço jejum, contribuo com os dízimos e ofertas, compro todos os livros da igreja... invisto muito dinheiro na Obra do Senhor e não me sinto pleno! – Meu irmão, esta sua inquietude só quer dizer uma coisa! – O quê? – Você precisa participar mais da Obra do Senhor! Amém? – Amém. Mas como, pastor? – Você precisa, além de dinheiro, dar o seu tempo para Deus. Por exemplo, o seu dia tem vinte e quatro horas, certo? – Certo. – Você dá duas horas e quarenta minutos para Deus? – Não, pastor... certamente, não! – Então! Você precisar ser obreiro em nossa igreja! Tenho certeza que o seu coração se encherá de Jesus e você não pensará mais em nada que lhe tire o foco em Cristo. Amém? – Amém. ...

Meninas, mulheres

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A primeira vez, me senti suja. Ele levantou o meu vestido e tocou em mim. Resisti, ameacei gritar. Foi embora. Não sabia se agradecia a Deus pelo livramento ou o culpava por ter permitido aquilo. Chorei, tomei banho. Enquanto lavava os meus seios ainda muito pequenos que tinham despertado o desejo imundo dele, pensava se aquilo aconteceria de novo. Da segunda vez, ele veio preparado. Tapou minha boca antes que eu pudesse gritar chamando por alguém que estivesse distante. Tudo era longe. Com a mão livre, ele apertava forte os meus peitos, e enquanto eu sentia seu pau endurecer, ele me alisava entre as pernas. Me lambia o pescoço e cheirava a mão. Um barulho vindo de fora interrompeu sua festa. Eu pensava o que tinha feito contra Deus para que ele permitisse isso. Antes que eu pudesse pensar em contar para alguém, ele veio até meu quarto à noite. Me ameaçou. Mataria a minha mãe, o meu irmão e depois me mataria. Apertou meu pescoço até me sufocar para provar o quanto sua pala...